Frágil como o mais puro cristal estou eu neste desconfortavél dia a dia...
Um corpo transparente numa fase sem nome ou definição humana...
Sinto-me a abrir fendas sem rumo ou nexo pelo corpo adiante...
Não as consigo travar, fraca me oiço... pequenas gotas salgadas passeiam por este vidro fora remendando-o um pouco...
Alheia a todas as sensações e percepções... perco-me a pensá-las para reparar todas estas fendas...
Tenho medo de estilhaçar e não voltar a juntar todos os pedaços essenciais...
Sem plano ou solução aguardo as horas passarem, confiante na minha reconstrução...
O som, um movimento brusco pode ser fatal... não quero quebrar, não quero... " Defende-me desta aniquilação progressiva... "
Sufoco nas palavras que não saem... no estado de espírito que não reconheço... neste corpo oco e extremamente frágil...
Memórias... momentos... imagens tão vivas... palavras que não se disseram, nem nunca vão ser ditas...
A lembrança vai riscando este vidro deixando-o baço... sem brio...
Assim me vejo ao espelho... baça, sem brio... seca de não vos ter aqui...
Sonhem comigo... Um longo abraço apertado como dantes... SAUDADES VOSSAS...
segunda-feira, setembro 27, 2010
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