segunda-feira, setembro 06, 2010

Cumplicidade perfeitamente perfeita

Por conta própria de noção e risco, arrisco-te segura do meu auto-controle de situação e poder de te embaraçar nos meus fios de cabelo...nas tuas próprias mãos...
Há quanto tempo te lia e escrevia na hipótese de te alcançar por momentos...vãos...
A noite chega num impulso de uma semana de palavras na batalha sedutora que tão bem conhecemos...
Abracei-te na incerteza do que realmente queria de ti e até hoje não nos libertámos mais um do outro...
Acabei por me dar por vencida pelo vermelho sangue, amor, com que pintaste a minha tela de vida e do qual me alimento dia a dia na pintura da tua...
Enraizada esta côr, respiro-a como o ar que tanto e tão bem me faz viver...
Embora te assombre com o negro dos meus momentos loucos de personalidade mais que vincada... e instinto apurado... confias-me uma partilha de sensações únicas... sentimentos de carne, osso e alma...
Desenho expressões que interpretas de olhos fechados sem hesitar...
Lês-me sem eu ter de pronunciar uma letra sequer...
Dentro do extremo mais oposto e avesso possível, dás-me a mão e caminhas-me sem medo...
Retríbuo por dentro e por fora o que consigo ser num humano imperfeitamente perfeito...


o amor imperfeitamente perfeito...

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