segunda-feira, dezembro 22, 2008

Um abrigo de pétalas

Num canto escondido do meu mundo apaixono-me em silêncio, sem medo do teu ser...ou da tua inexistência...
Desfolho rosas a contar as horas de ausência da tua voz...
Revejo-me com um sorriso rasgado nas pétalas que me rodeiam e insistem em não secar até ao dia do teu juízo final.
O seu perfume susurra-me o teu nome a cada instante de saudades mortas, que teimam em ressuscitar num extremo de loucura real...
Resisto á tua incógnita afectiva e finjo não entender o medo do teu gesto mais sincero, que vagueia infinito e sem rumo.
Caminharás no meu segredo, que um dia revelarei tranquila...já terei desfolhado todas as rosas que poderiam existir para que conseguisses ser a voz do meu silêncio...